Lazarevic foi encontrado em "relativo bom estado de saúde", e estava em viagem a caminho da capital do Níger, Niamey, afirmou o presidente francês, François Hollande, que também agradeceu ao presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, por ajudar nas negociações.
"Nós não temos mais nenhum refém francês em nenhum lugar do mundo", celebrou Hollande.
Segundo um oficial de segurança do Mali que não quis se identificar, Lazarevic foi liberado em troca de dois militantes da Al-Qaeda acusados de participar do sequestro. Eles foram entregues à organização terrorista e não se sabe se permanecem no Níger.
Sequestros se tornaram um negócio lucrativo no Mali e em outros países da região do Sahel nos últimos anos, até a França decidir por uma intervenção no Mali em 2013 para combater os extremistas. O governo de Hollande insiste que não paga resgates, mas admite ter feito trocas de prisioneiros. Oficiais norte-americanos acusam discretamente os franceses e outros europeus de aceitar pagar resgates. A França já teve 14 cidadãos feitos reféns ao mesmo tempo nas mãos de extremistas.
Pierre Martinet, um ex-oficial do serviço secreto francês, afirmou que os cidadãos do seu país continuarão a serem alvos desse tipo de ação porque os terroristas sabem que o governo francês é um dos poucos que negocia diretamente a sua liberação. "É parte da geopolítica", ele afirmou a um canal de TV. "Eu sei muito bem que já demos dinheiro, conheço pessoas que já deram dinheiro.
No último sábado, uma tentativa de resgate no Iêmen terminou na morte de um norte-americano e um sul-africano pela Al-Qaeda. Oficiais dos EUA queriam libertar Luke Somers porque sabiam que ele era ameaçado de morte. Mas não sabiam que o esconderijo também abrigava Pierre Korkie, um sul-africano cuja libertação estava próxima, depois que o pagamento de resgate foi acertado. Fonte: Associated Press..