O presidente cubano, Raul Castro, anunciou nesta quarta-feira que, durante conversa por telefone com o presidente americano, Barack Obama, nesta terça-feira, "acertamos o restabelecimento das relações diplomáticas" com os EUA, mas lamentou que seja mantido o "bloqueio" econômico sobre a ilha.
"Chegaram hoje à nossa pátria Gerardo (Hernández), Ramón (Labañino) e Antonio (Guerrero)", os três cubanos que continuavam presos nos Estados Unidos, dos cinco agentes detidos em 1998 e condenados a longas penas de prisão por espionagem.
"Baseados em razões humanitárias, hoje, também foi devolvido ao seu país o cidadão americano Alan Gross", disse Raul sobre o funcionário terceirizado detido em 2009 e condenado a 15 anos de prisão por distribuir equipamentos de comunicação a grupos civis cubanos, o que complicou os laços de Havana com o governo Obama.
Raul Castro expressou que a decisão de Obama de mudar a política com Havana depois de meio século, anunciada na mesma hora em Washington pelo presidente americano, merece "respeito e reconhecimento".
"Esta decisão do presidente Obama merece respeito e reconhecimento do nosso povo", afirmou o presidente cubano, que agradeceu o apoio do papa Francisco e do governo canadense no processo de aproximação entre Cuba e Estados Unidos, que romperam laços diplomáticos em 1961 e sofriam disputas políticas desde o triunfo da revolução de Fidel Castro em 1959.
"Quero agradecer o apoio do Vaticano e especialmente do papa Francisco", afirmou Raul Castro, que sucedeu no comando do país seu irmão, Fidel Castro, afastado do poder por motivo de saúde em 2006 no único país comunista do Ocidente.