Os assassinatos dos oficiais Rafael Ramos e Wenjian Liu na tarde de sábado, no Brooklyn, elevaram os temores sobre a segurança dos agentes da lei em todo o país, embora não haja evidências de iminentes ameaças.
Os investigadores tentam descobrir se Brinsley participou de protestos contra as mortes de Michael Brown e de Eric Garner, cujos nomes ele invocou em sua ameaça on-line, ou simplesmente se ligou à causa como desculpa para um último ato de violência.
Os assassinatos aconteceram num momento tenso, em que a polícia tem sido criticada pelas mortes de Garner, em Nova York, e de Brown, em Ferguson, Missouri. Nas últimas semanas grandes protestos foram realizados, depois de júris populares decidirem não indiciar os policiais envolvidos nas mortes.
Após as mortes dos oficiais, uma mensagem do sindicato aos 35 mil oficias da polícia de Nova York advertia os oficiais de que eles deveriam responder a qualquer chamado de rádio com dois carros, "independentemente da opinião do supervisor de patrulha". O presidente do sindicato dos detetives disse aos membros da organização, em carta, que eles deve trabalhar em trios quando saírem às ruas, usar coletes à prova de balas e prestar atenção nos arredores.
Outra diretriz adverte os oficiais de Newark, Nova Jersey, a não fazerem patrulhas sozinhos e evitar pessoas que procurem confronto. Ao mesmo tempo, um memorando da polícia de Nova York pede aos oficiais que limitem seus comentários "por todos os meios, incluindo redes sociais, a expressões de tristeza e condolências".
Na Philadelphia, o comissário de polícia Charles Ramsey pediu aos líderes dos protestos pelas mortes de Garner e Brown que "peçam calma e não permitam que isso se intensifique ainda mais". Em Boston, o comissário de polícia William Evans disse que a polícia emitiu um alerta para oficiais com o objetivo de adverti-los sobre as mortes em Nova York e que o departamento de polícia havia emitido vários alertas após a decisão do júri popular em Ferguson. Fonte: Associated Press..