Um movimento contrário à violência policial contra cidadãos negros convocou, nesta terça-feira, uma manifestação na Times Square, na noite do Ano Novo, 31 dezembro, ignorando o pedido do prefeito de Nova York pela suspensão temporária dos protestos.
A convocação desafia o pedido do prefeito Bill de Blasio pelo adiamento das mobilizações nas ruas, após o assassinato dos policiais Wenjian Liu e Rafael Ramos, no último domingo, no Brooklyn.
"Eles não têm o direito de nos pedir que deixemos de nos manifestar e reduzir nossas vozes ao silêncio.
"Devemos continuar nosso combate, enquanto a polícia continuar assassinando, enquanto o sistema judicial se negar a indiciar todos os policiais assassinos", acrescentou Dix, junto com outros ativistas aglomerados na frente da sede da prefeitura de Nova York.
Na prefeitura, a bandeira foi hasteada a meio pau, em homenagem a Liu, de 32 anos, e a Ramos, de 40.
Acusado pelos sindicatos policiais de estimular os protestos, De Blasio pediu, na segunda-feira, uma trégua aos manifestantes, em memória dos dois policiais assassinados.
"Não é uma falta de respeito com a vida humana. É dizer que um número infinito de pessoas é assassinado pela polícia", justificou Sumumba Sobukwe, que integra o grupo.
O movimento pretende bloquear a Quinta Avenida (5th Avenue), uma das vias comerciais mais movimentadas de Manhattan.
As tensões raciais voltaram à tona, e com força, nos últimos meses nos Estados Unidos, depois que vários membros da comunidade negra foram mortos, desarmados, por policiais brancos.
Dezenas de manifestações se espalharam pelo país. Muitas delas terminaram em confrontos, principalmente, quando a Justiça decidiu não processar os policiais envolvidos.
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