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Estado de Minas

Voo some com 162 pessoas a bordo e reacende desaparecimento de avião da Malasyian Arlines

Aernonave da AirAsia desapareceu a caminho de Cingapura ; buscas foram retomadas nesta segunda


postado em 29/12/2014 06:00 / atualizado em 29/12/2014 07:11

Familiares de passageiros do voo se reuniram no saguão do aeroporto de Surabaya(foto: JUNI KRISWANTO / AFP)
Familiares de passageiros do voo se reuniram no saguão do aeroporto de Surabaya (foto: JUNI KRISWANTO / AFP)
A Indonésia começou a segunda-feira na expectativa pelo reinício das buscas pelo avião da AirAsia que desapareceu na véspera com 162 pessoas a bordo, a caminho de Cingapura. As buscas foram suspensas no fim da tarde de ontem (8h30 no Brasil) – a diferença no fuso é de nove horas. A aeronave foi entregue por seu fabricante em 2008 e tinha 23 mil horas de voo em 13,6 mil voos. Além disso, passou por manutenção programada em 16 de novembro, informou a Airbus em comunicado. O Airbus 320-200 que fazia o voo número QZ8501 decolou da cidade indonésia de Surabaya às 5h32 para Cingapura, onde chegaria às 8h30. Segundo o Ministério dos Transportes da Indonésia, os pilotos pediram para mudar de rota do plano de voo para evitar mau tempo, 40 minutos depois da decolagem. Não foi emitido pedido de socorro.

As autoridades admitem a possibilidade de que o Airbus tenha caído no Estreito de Karimata, a sudoeste de Bornéu. As primeiras operações concentraram-se na região próxima à Ilha de Belitung. Um funcionário da Agência de Meteorologia e Geofísica da Indonésia disse que nuvens densas foram detectadas a 44 mil pés na mesma área onde o avião perdeu contato. Segundo Sunardi (que como muitos indonésios usa apenas um nome), “pode ter havido turbulência, raios e fortes ventos horizontais e verticais em meio às nuvens”.

As buscas se concentram num raio de 270 milhas náuticas da costa da ilha indonésia de Bangka, mas pode ser ampliado, informou Bambang Sulistyo, presidente da agência de busca e resgate. A estatal AirNav Indonesia, de serviços de navegação aérea, disse que o avião da AirAsia estava em cruzeiro a 32 mil pés às 6h12, quando entrou em contato com o controle de tráfego no aeroporto de Jacarta para dizer que estava virando à esquerda em sua trajetória de voo e subindo para 38 mil pés para evitar as nuvens. Às 6h16, o avião ainda aparecia no radar. Às 6h18 a aeronave sumiu. O diretor geral interino de transportes, Djoko Murjatmodjo, disse que os controladores de voo permitiram que o avião saísse da rota, mas não para ascender a 38 mil pés, em razão das condições de tráfego e porque precisavam de confirmação de outros controladores.

O voo QZ8501 estava entre Tanjung Pandan, na ilha indonésia Belitung, e Pontianak, em Bornéu – quase no meio do caminho entre Surabaya e Cingapura – quando desapareceu. São 155 passageiros e sete tripulantes a bordo, sendo 155 indonésios, três sul coreanos e um passageiro de Cingapura, Malásia e Inglaterra, além do piloto francês. Cingapura, Malásia, Austrália, Coreia do Sul e Inglaterra ofereceram ajuda nas buscas. A Malásia já enviou navios e um avião C130, e Cingapura também enviou um C130. Os EUA disseram estar preparados para ajudar.

Tatang Kurniadi, diretor do Comitê Nacional de Segurança no Transporte da Indonésia, expressou esperança de localizar a aeronave e disse que era cedo para detectar chamados eletrônicos a partir do gravador da caixa preta. Quarenta e nove por cento da AirAsia, empresa área da Malásia de baixo custo, são da AirAsia Bhd. A empresa tinha recorde de segurança desde quando começou a operar há 13 anos. O grupo também tem afiliadas na Tailândia, Filipinas e Índia.

PARENTES ANSIOSOS
Em Surabaya e Cingapura, parentes ansiosos aguardavam notícias. Louise Sidharta foi ao aeroporto de Changi, de Cingapura, à espera de seu noivo que retornava de férias em família. “Essas são suas últimas férias antes de nos casarmos”, disse. A AirAsia trocou seu logotipo vermelho brilhante por um fundo cinza em seu site e nas mídias sociais. No aeroporto de Surabaya, centenas de parentes dos passageiros buscaram informaçõesm, sendo levados a um centro de gerenciamento de crise temporário criado no local. O chefe da AirAsia na Malásia, Tony Fernandes, tentava confortar as famílias. “As autoridades indonésias estão fazendo o possível na busca e resgate. É melhor não especular nada neste momento. Nossa primeira prioridade é cuidar das famílias.”

O desaparecimento da aeronave ocorre depois de um ano conturbado para as companhias aéreas que operam nessa região. O voo MH370, da Malaysian Airlines, desapareceu em 8 de março em uma viagem de Kuala Lumpur para Pequim com 239 passageiros e tripulantes a bordo e até hoje não foi encontrado. Em 17 de julho, o voo MH17, da mesma companhia, foi abatido sobre a Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.


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