Autoridades em Surabaya disseram neste sábado que uma "amostra" dos passageiros do voo também poderia ser submetida a autópsia, mas evitou dar mais detalhes sobre quantos ou quais passageiros fariam parte desse grupo.
Para indonésios no voo 8501, o procedimento de autópsia pode somente ser conduzido com uma autorização por escrito dos parentes ou se houver uma investigação criminal em andamento, disse o Dr. Anton Castilani, diretor da unidade de Identificação de Vítimas de Desastres da Indonésia.
Muitos parentes das vítimas relutam autorizar o procedimento, mesmo diante do apelo de que pode oferecer indicações sobre a causa da morte de pessoas queridas. Os muçulmanos, em particular, preferem que o corpo seja cremado o quanto antes. Em entrevista ao The Wall Street Journal, Castilani explicou que os indonésios normalmente não realizam autópsias em vítimas de acidentes aéreos e no mar. "São questões culturais", disse.
Jonathan Galaviz, perito em aviação e sócio do Global Market Advisors, disse que embora a autópsia mostre se o passageiro morreu no impacto ou durante a queda da aeronave, somente o exame das caixas pretas é capaz de revelar a causa do acidente. "Para a maior parte dos passageiros, a causa da morte é o acidente e os registros de voo e das conversas no cockpit revelarão com maior certeza o motivo da queda", afirmou.