Jornal Estado de Minas

Ex-editor de cartunistas mortos define atentado como "11 de setembro da imprensa"

Mourad Boudjellal disse estar incrédulo e que "haverá um antes e um depois" do atentado, comparando com o terror sofrido por americanos após os ataques nos Estados Unidos

AFP

Mourad Boudjellal foi editor dos chargistas Charb e Tignous, mortos no atentado desta quarta-feira em Paris - Foto: Reprodução/Internet

O presidente do clube de Rúgbi de Toulon (RCT), Mourad Boudjellal, ex-editor dos chargistas Charb e Tignous, mortos nesta quarta-feira no atentado contra a revista Charlie Hebdo, declarou estar incrédulo com os acontecimentos, que definiu como "11 de setembro da imprensa".

"Estou mais que transtornado, estou incrédulo", declarou à AFP Boudjellal, ex-presidente da editora Soleil Productions. "É o 11 de setembro da imprensa. Haverá um antes e um depois", continuou, admitindo que estava vivendo "um momento complicado, estranho".

"É aterrorizante. Eu também conhecia muito bem Cabu (outro chargista morto nesta quarta-feira), um cara que era a gentileza em pessoa. É inimaginável saber que morreu a tiros", lamentou.

Boudjellal conheceu Charb e Tignous em 1995, quando editou a revista em quadrinho 'Charlie Hebdo saute sur Toulon', "na época em que o (partido de extrema direita) Front National comandava a cidade". "Charb, na época, era um jovem chargista, ele era muito talentoso. Tenho orgulho de ter produzido sua primeira revista", concluiu.

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