Países europeus demonstram apreensão e estão reforçando a segurança após o atentado contra a redação do periódico Charlie Hebdo, em Paris, que deixou 12 mortos nesta quarta-feira.
Itália
A Itália reforçou a segurança em "alvos sensíveis" após o ataque à revista satírica francesa Charlie Hebdo. O governo citou a presença do Vaticano e a participação italiana em coligações antiterrorismo.
O ministro do Interior Angelino Alfano disse que não havia ameaças concretas de possíveis ataques no país, de acordo com a agência de notícias Ansa. Ele afirmou, contudo, que a segurança foi reforçada em torno de alvos "sensíveis" franceses, americanos e judeus.
Alfano destacou que o grupo extremista Estado Islâmico tem dito que tem como objetivo conquistar Roma, a sede do cristianismo. O papa Francisco condenou veementemente o ataque e o classificou como "abominável", dizendo que tal violência nunca é justificada.
Um protesto de solidariedade do sindicato dos jornalistas italianos foi planejado para quinta-feira em frente a embaixada da França.
Espanha
A Espanha elevou o nível de alerta de segurança em um ponto como medida de precaução após homens armados e mascarados matarem 12 pessoas na França. O ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández, Díaz disse que o país elevou seu nível de alerta de terror para três, de dois, que estava desde setembro. A Espanha tem cinco níveis de zero a quatro.
"Não há evidência objetiva que indique um risco adicional de um ataque na Espanha", afirmou Fernández Díaz, durante uma entrevista coletiva em Madrid. O ministro disse que seria "imprudente", no entanto, não elevar o nível de alerta após o ataque em Paris.
A última vez que a Espanha esteve neste nível de alerta foi durante nove dias em junho, na proclamação do rei Felipe VI, que assumiu o lugar de seu pai.
(Com agências)
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