Em resposta ao brutal gesto que, à bala, tentou silenciar o humor francês, cartunistas em todo o mundo se mobilizaram num protesto virtual em memória dos colegas massacrados na sede do jornal Charlie Hebdo e contra a intolerância religiosa. Trabalhos como os de chargistas do Estado de Minas (abaixo) ressaltaram a simbologia dos traços versus as armas, numa sátira ao ato covarde em Paris e reforçando o papel das charges como ferramenta de contestação.
Desenho do cartunista político australiano David Pope, no qual terrorista com fuzil justifica a morte de um chargista segurando uma caneta com a frase de duplo sentido “Ele desenhou/ sacou primeiro”, acumulava mais de 50 mil compartilhamentos até a noite de ontem. Outro trabalho de grande repercussão foi o do alemão Ruben L. Oppenheimer, que comparou a barbárie em Paris ao atentado da Al- Qaeda ao World Trade Center, em Nova York, em 11 de setembro de 2001. No lugar das Torres Gêmeas, dois lápis deixavam claro que o ato foi um atentado à liberdade de expressão. Confira aqui.