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Foto mostra como ficou a redação da Charlie Hebdo após ataque

Jornal francês Le Monde divulgou imagem forte que mostra sangue e papéis espalhados pelo chão

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Site mostra como ficou a redação. Clique para ampliar - Foto: Le Monde/Site/Reprodução

O jornal francês Le Monde divulgou nesta quinta-feira uma foto mostrando como ficou a redação da revista Charlie Hebdo após o atentado que deixou 12 mortos. A imagem é forte e mostra sangue e papéis espalhados pelo chão. No local trabalhavam os chargistas Georges Wolinski, de 80 anos, Jean Cabut, de 76, Stéphane Charbonnier, de 47 e Bernard Verlhac, de 57, além de seis outras vítimas. O ataque, considerado o mais grave à capital francesa desde 1961, ainda feriu 11 pessoas.

Confira o perfil dos chargistas

Georges Wolinski, 80 anos:
Marcou geração com seu mais famoso personagem: le roi des cons, ou O rei dos burros, em tradução livre. Em 2012, pediu para que gravassem no seu túmulo uma frase do seu velho companheiro Cavanna: “Wolinski, achamos que ele é burro porque ele faz palhaçada, age como burro, mas, na verdade, é burro de verdade”.

Jean Cabut, o Cabu, de 76 anos:
Eram 60 anos de carreira e considerado um dos maiores cartunistas da história da imprensa francesa. Integrou, em 1960, a redação da revista mensal Hara-Kiri, antecessora do Charlie Hebdo. Publicou caricaturas de Maomé em 2006, consideradas das mais corrosivas já publicadas e que deram início à série de ameaças de morte. “Os chargistas vivem da besteira, e ainda tem muita matéria-prima”, dizia.

Stéphane Charbonnier, o Charb, de 47 anos:
Com traço espesso, Charb disparava para todos os lados: guerra, política, televisão, doenças, religião.
Desde de 2009, era diretor do Charlie Hebdo e vivia sob proteção policial. “No Charlie Hebdo, não temos a impressão de degolar ninguém com uma caneta”, disse se referindo à forma como a publicação tratava o Islã. Seu nome estava na lista de procuradas mortas ou vivas por crimes contra o Islã.

Bernard Verlhac, o Tignous, de 57 anos:
Colaborada com o jornal Charlie Hebdo e também com a Marianne, Fluide glacial, L’Express e Télérama. Seu último trabalho é de 2011 e falava do período de Nicolas Sarkosy na presidência da França. Em 2008, apresentou-se no palco do Festival de Cannes com “É difícil ser amado por idiotas”, acompanhado de Wolinski, Cabu e Cavanna, documentário que retratava as ameaças de morte que tinham sido alvo.

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