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Estado de Minas

França eleva alerta para nível máximo na região onde suspeitos foram vistos

Dupla que participou do ataque à Charlie Hebdo foi vista armada a bordo de um carro no norte do país. Forças policiais estão mobilizadas na área


postado em 08/01/2015 13:55 / atualizado em 08/01/2015 14:24

Fotos dos terroristas suspeitos do ataque à revista francesa foram divulgadas pela mídia(foto: Reuters)
Fotos dos terroristas suspeitos do ataque à revista francesa foram divulgadas pela mídia (foto: Reuters)

O nível "alerta de atentado", o mais alto em termos de vigilância e segurança na França foi estendido para a região da Picardia, onde os suspeitos do atentado foram localizados, anunciou o gabinete do primeiro-ministro. Desde essa quarta-feira, o alerta já era aplicado na região parisiense, onde aconteceu o ataque à revista Charlie Hebdo.

"Em função dos acontecimentos, o primeiro-ministro decidiu estender à Picardia o nível de atentado", indicou o gabinete de Manuel Valls. Os dois suspeitos do atentado no qual 12 pessoas morreram foram vistos nesta quinta-feira perto de Villers-Cotterêts, localidade dessa região, e unidades de elite das forças de ordem foram mobilizadas na área, segundo fontes da polícia.

O gerente de um posto de combustível situado perto de Villers-Cotteret "reconheceu os dois homens suspeitos de terem participado do ataque contra a Charlie Hebdo", explicou uma das fontes. "Eles estão encapuzados, com kalashnikov e lança-foguetes à vista", confirmou outra fonte. "As placas não correspondem ao veículo", explicou a fonte. "As brigadas francesas de intervenção receberam a ordem de se equipar com fuzis de assalto e com equipamentos de proteção", acrescentou a fonte policial.


Dupla identificada

O francês Cherif Kouachi, de 32 anos, é procurado junto com seu irmão Said, de 34, pelo ataque que deixou 12 mortos na revista Charlie Hebdo. Kouachi é um jihadista muito conhecido pelos serviços antiterroristas franceses e foi condenado em 2008 por participar de uma rede de recrutamento de combatentes para o Iraque.

Nascido em 28 de novembro de 1982 em Paris, francês de nacionalidade e apelidado Abu Isen, Cherif Kouachi integra a chamada "rede de Buttes-Chaumont". Sob a autoridade do "emir" Farid Benyettu, esta rede permitia enviar jihadistas para incorporá-los ao braço iraquiano da Al-Qaeda, então dirigida por Abu Mussab al Zarkaui.

Detido pouco antes de viajar à Síria e dali ao Iraque, Cherif foi julgado em 2008 e condenado a três anos de prisão, com 18 meses sob liberdade condicional.Dois meses depois, seu nome apareceu em um plano de fuga da prisão do combatente islâmico Smain Ait Ali Belkacem, membro do Grupo Islâmico Armado Argelino (GIA), condenado em 2002 à prisão perpétua pelo atentado que deixou 30 feridos na estação Museu de Orsay de Paris, em outubro de 1995.

Cherif Kouachi era suspeito de ser ligado a outra figura do Islã radical francês, Djamel Beghal, que cumpriu dez anos de prisão por preparar atentados, com quem teria treinado.

 

Terceiro suspeito se entregou

Um dos três suspeitos do ataque ao jornal parisiense Charlie Hebdo, o jovem Hamyd Murad, de apenas 18 anos, se entregou em uma delegacia de Charleville-Mezieres na madrugada desta quinta-feira. A cidade fica a 232 quilômetros de Paris, próxima da fronteira com a Bélgica. Os outros dois suspeitos, os irmãos franceses nascidos em Paris Said Kuachi, 34, e Cherif Kuachi, 32, seguem foragidos. Cherif foi condenado em 2008 por participar do envio de combatentes ao Iraque.

(Com informações da AFP)


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