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Governo francês tentará repassar um milhão de euros para auxílio ao Charlie Hebdo

Medida ainda depende de uma mudança nos textos da norma. Um dia após o ataque terrorista, jornais franceses também oferecem apoio ao periódico e o mundo presta homenagens às vítimas

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Ministra da Cultura da França, Fleur Pellerin, planeja uma ação em que a Charlie Hebdo receba um milhão de euros, como parte de um auxílio à imprensa do governo - Foto: Martin Bureau/AFP
A ministra da Cultura francês, Fleur Pellerin, anunciou que pretende liberar "em caráter emergencial" cerca de um milhão de euros para o periódico Charlie Hebdo, atacado por terroristas nessa quarta-feira.

Segundo a entrevista do ministro a um canal de televisão do país, a pasta já está em reuniões para analisar se é possível alterar o texto para que a revista possa se beneficiar de uma "ajuda estrutural", já que o Charli Hebdo não tem o direito, conforme as regras atuais para o auxílio à imprensa.

As diretorias de grandes veículos de comunicação franceses se reuniram, na tarde desta quinta-feira, com equipes da Charlie Hebdo para trabalhar maneiras de ajudar o periódico. Uma das ações decididas na reunião será o lançamento de uma campanha mundial para doações, programada para ser transmitida nesta sexta-feira.

De acordo com o jornal Libération, o direção do Charlie Hebdo aceitou um convite para utilizar um espaço na sua redação já a partir desta sexta-feira. O Libération também recebeu o Charlie Hebdo depois que a redação do humorístico foi atacada em 2011.

"Nós vamos dar a eles um andar inteiro do prédio e todos os meios necessários para que prooduzam a edição da próxima semana - e futuras edições -, enquanto for necessário", disse o Libération.

Apoio

Milhões de mensagens com homenagens e apoio têm sido registradas em todo o mundo. Nas redes sociais a palavra-chave #JeSuisCharlie foi compartilhada 3,5 milhões de vezes no Twitter e quase 650 mil vezes no Instagram.
Mercado de ações americano, Nasdaq, prestou homenagem ao periódico, na Times Square, em Nova York - Foto: Twitter/Reprodução.