Os irmãos Cherif e Said Kouachi, estão cercados pela polícia e mantém um refém em uma gráfica, teriam dito às forças de segurança que estão dispostos a "morrer como mártires". Segundo o jornal francês Le Figaro, a informação foi confirmada por um deputado de Dammartin-en-Goêle, onde fica a pequena empresa de impressão.
Uma grande operação foi montada para "neutralizar os autores" do atentado à revista Charlie Hebdo, segundo o O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Antes de invadirem a gráfica, a polícia perseguiu os dois suspeitos e houve troca de tiros. O prefeito da cidade de Montagny-Sainte Félicité contou à publicação Le Figaro que os irmãos Kouachi roubaram um carro na manhã desta sexta-feira. Segundo ele, a motorista de um Peugeot 206 que passava por uma estrada às margens de uma floresta foi abordada pelos dois homens, obrigada a ficar no banco de trás do veículo e solta pouco depois.
A empresa Création Tendance Découverte (CTD), onde os fugitivos se esconderam, é uma pequena gráfica de impressão e publicidade que conta com quatro funcionários, segundo seu site. Ela se localiza em uma zona industrial da cidade. Antes do tiroteio os irmãos haviam roubado um carro Peugeot 206 em Montagny-Sainte-Félicité de uma mulher que disse ter reconhecido os irmãos Kouachi. O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou nesta sexta-feira que a França está em guerra "contra o terrorismo, não contra uma religião", e estimou que serão necessárias novas medidas "para responder à ameaça".