Jornal Estado de Minas

Netanyahu elogia posição da França contra 'novo antissemitismo'

O discurso do premiê foi pronunciado na Grande Sinagoga de Paris, também conhecida como Sinagoga da Vitória, depois de ter participado da "marcha republicana"

AFP
Netanyahu ressaltou ainda que "nosso inimigo comum é o Islã radical", e "não o Islã normal" - Foto: MATTHIEU ALEXANDRE / POOL / AFP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo, na Grande Sinagoga de Paris, que aprecia a "posição muito firme" da França e a "determinação" do presidente francês, François Hollande, e de seu premiê, Manuel Valls, contra o "novo antissemitismo" e o "terrorismo".

Netanyahu ressaltou ainda que "nosso inimigo comum é o Islã radical", e "não o Islã normal". O premiê pronunciou essas palavras, em hebraico, após manifestar seu "agradecimento" a Lassana Bathily, um funcionário muçulmano do supermercado kasher, onde aconteceu a tomada de reféns na sexta-feira. De origem malinesa, o jovem salvou vários clientes desse estabelecimento do leste de Paris.

"Aprecio a posição muito firme e a determinação do presidente François Hollande e do primeiro-ministro Manuel Valls contra o novo antissemitismo e contra o terrorismo", destacou."Nosso inimigo comum é o Islã radical, e não o Islã normal", frisou, acrescentando, em francês: "Essa é a verdade!".

Citando várias organizações islâmicas, entre elas o Estado Islâmico, a Frente Al-Nusra, o Boko Haram, o Hamas e o Hezbollah, Benjamin Netanyahu disse que todas têm a mesma origem - "são todas galhos da mesma árvore" -, "ainda que travem, às vezes, guerras terríveis entre si". "Quando nós nos defendemos, nós defendemos o conjunto dos valores do Ocidente", insistiu, ressaltando que "Israel está ao lado da Europa".

Dirigindo-se aos judeus, Netanyahu declarou que "têm o direito de viver em segurança, onde escolherem, em particular na França". Em seguida, garantiu que "todos os judeus e todas as judias que desejarem emigrar para Israel serão recebidos de braços abertos, com todo nosso calor".

O discurso do premiê foi pronunciado na Grande Sinagoga de Paris, também conhecida como Sinagoga da Vitória, depois de ter participado da "marcha republicana", junto com cerca de 50 líderes mundiais. .