A ordem de detenção emitida pela França contra Fritz-Joly Joachin menciona a acusação de "participação com um grupo criminoso armado cujo objetivo era organizar atos terroristas", declarou Darina Slavova, procurador-geral de Haskovo (sul). "Antes de partir no dia 30 de dezembro à Turquia, esteve várias vezes em contato com um dos dois irmãos, Cherif Kouachi", afirma a ordem de detenção. Joachin, de 29 anos, de origem haitiana, foi detido com seu filho no dia 1º de janeiro, quando tentava cruzar a fronteira búlgaro-turca em um ônibus.
O Ministério Público de Haskovo havia afirmado inicialmente que era alvo de uma ordem de detenção europeia, depois que sua esposa o acusou de sequestrar seu filho de três anos para levá-lo à Síria e educá-lo nos princípios do Islã radical. O menino foi entregue à mãe.
O suspeito disse que viajava com seu filho e sua companheira para passar férias em Istambul. Na segunda-feira aceitou ser extraditado. "Espero que toda a rede, se é que existe uma, venha à tona e que possamos contribuir para o trabalho das autoridades francesas", declarou o ministro do Interior, Veselin Vuchkov, à rádio BNR. Segundo o ministro, "detectar e deter as pessoas que cruzam a Bulgária não é um problema", desde que as autoridades sejam informadas.
"Centenas de cidadãos da UE, que carregam documentação perfeitamente válida, podem cruzar facilmente o território búlgaro para combater o grupo Estado Islâmico ou outras organizações terroristas, antes de retornar aos seus países sem problemas. Se não formos informados, é muito difícil fazer algo contra eles".