Após estas declarações, o ministério público de Paris abriu na segunda-feira uma investigação por "apologia ao terrorismo" contra Dieudonné. "Saibam que nesta noite, no que me diz respeito, sinto-me Charlie Coulibaly", afirmou Dieudonné em uma declaração em sua página do Facebook, que depois foi apagada.
Dieudonné associava o slogan "Je suis Charlie" com o sobrenome do jihadista francês Amedy Coulibaly, morto na sexta-feira quando as forças de segurança colocaram fim à tomada de reféns no mercado judeu.
Na mesma declaração, Dieudonné dizia que havia participado da manifestação de domingo, 11 de janeiro, em homenagem às vítimas dos atentados, à qual se referia ironicamente como "um instante mágico comparável ao big-bang", "à coroação de Vercingetorix", chefe das tribos da Gália que enfrentaram o futuro imperador romano Julio César. Dieudonné, que nos últimos anos multiplicou as declarações provocantes, já foi condenado por antissemitismo..