Mais de mil sites franceses foram hackeados desde o atentado de 7 de janeiro contra a revista satírica Charlie Hebdo por hackers que se dizem islamitas, e este movimento pode ter seu pico na quinta-feira, alertaram especialistas à AFP.
"Mais de mil sites foram afetados no total, fortemente.
A maioria dos ataques visaram sites de prefeituras, universidades, igrejas e empresas. Suas homepages foram vítimas de "desfiguração", uma tomada de controle que permite aos hackers de exibir qualquer mensagem de caráter ideológico.
"Não há outro Deus que Alá", "Death to France" (Morte à França) ou ainda "Death to Charlie" (Morte à Charlie), foram algumas das ações reivindicadas por "cyberjihadistas" originários do Magrebe ou da Mauritânia.
"As reivindicações iniciais falam de um clímax em 15 de janeiro", indicou Gérôme Billois, especialista do Círculo Europeu da Segurança Informática e consultor da Solucom.
Especialistas ressaltam que é difícil saber que credibilidade dar a esses anúncios postados por grupos de ativistas. "Não são, obviamente, suposições, mas poderíamos, por exemplo, assistir na quinta-feira a um ataque a sites mais visíveis, a ataques mais centralizados, ou a uma mudança de técnica", estima Billois.
"Por enquanto, trata-se mais de 'cybervandalismo' do que ataques sofisticados de alto nível", indicou Paget.
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