O Senegal proibiu, nesta quarta-feira, a difusão, "por qualquer meio" da última edição do semanário satírico Charlie Hebdo e do jornal Libération, por causa da caricatura do profeta Maomé que ambos publicaram.
"Está proibido distribuir e difundir, por qualquer meio, as edições do semanário francês 'Charlie Hebdo' e do jornal francês 'Libération', em todo o território nacional", informou a agência de notícias senegalesa (APS, pública), citando um comunicado do Ministério do Interior.
"Os que cometerem a infração deverão responder às leis e regulamentos em vigor", acrescentou o texto.
Nenhum jornal senegalês ou site de informação reproduziu a capa do Charlie Hebdo, que na França teve a edição histórica esgotada em poucas horas.
O jornal Libération (esquerda) acolheu os jornalistas e cartunistas do Charlie Hebdo que sobreviveram ao atentado cometido pelos dois irmãos jihadistas, que mataram doze pessoas na sede do semanário esta quarta-feira.
O Senegal é constitucionalmente uma "república laica" e 90% de sua população é muçulmana.
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