"O grupo estava prestes a cometer, de maneira iminente, um atentado de envergadura na Bélgica", completou o porta-voz da Procuradoria, Eric Van der Sijpt, informando ainda que dezenas de revistas foram feitas em diferentes localidades belgas.
Às 17h45, no horário local (15h45 de Brasília), a polícia invadiu uma casa na cidade de Verviers e testemunhas puderam escutar tiros e explosões. Moradores revelaram que o local foi isolado e que eram aconselhados a permanecer em suas casas. Atiradores de elite estavam posicionados nos telhados vizinhos para dar cobertura à ação.
Em coletiva de imprensa, as autoridades belgas informaram que, além de Verviers, onde os dois suspeitos morreram e um foi preso, houve ações também em Bruxelas, em Molenbeek Saint Jean, nas proximidades da capital e em Vilvoorde. A Bélgica aumentou o nível de alerta - de 2 para 3 (em um máximo de 4) - em algumas regiões, prédios públicos e agências de polícia do país. Cerca de outras dez casas de pessoas que voltaram da Síria foram recentemente vasculhadas.
A imprensa local revelou que os terroristas tinham relação com Amedy Coulibaly, um dos jihadistas envolvidos nos atentados da semana passada em Paris, que vitimou 17 pessoas. A cidade de Verviers, no leste da Bélgica, fica a 124km da capital, Bruxelas, e a 321km da capital francesa.
O procurador Eric Van Der Sypt descartou a conexão e afirmou que, "por enquanto", não há informação sobre uma possível ligação direta dos suspeitos mortos hoje na Bélgica com os ataques da semana passada em Paris. A Procuradoria Federal anunciou uma nova entrevista coletiva para esta sexta-feira, às 11h locais (8h de Brasília).
Ataques em Paris
Na quarta-feira, dia 7 de janiero, dois terroristas atacaram a sede do periódico Charlie Hedo e mataram 12 pessoas- entre elas dois policiais que estavam no local.
(Com AFP).