Seis pelotões de fuzilamento já estão prontos para executar as penas de morte a que foram condenados um brasileiro e mais cinco pessoas na Indonésia, segundo afirmou o procurador Muhammad Prasetyo ao jornal Kompas. Eles já foram levados para a penitenciária de Nusakambangan, onde serão mortos, na ilha de Java, às 15h, horário brasileiro.
Também deverão ser executados o malaio Namaona Denis, o holandês Ang Kiem Soei, a indonésia Rani Andriani, e o nigeriano Daniel Enemuo. A vietnamita Tran Thi Bich Hanh será executada em Boyolali, também em Java Central.
Marco foi preso ao tentar entrar na Indonésia, em 2004, com 13 quilos de cocaína escondidos dentro de uma asa delta. A droga, porém, foi descoberta pelo raio-x do Aeroporto Internacional de Jacarta. Apesar de fugir do aeroporto, Marco foi preso após duas semanas de buscas.
Para tentar evitar a execução da pena, a presidente Dilma ligou para o presidente da Indonésia, mas o apelo foi rejeitado. Segundo o Itamaraty, os esforços da diplomacia prosseguem, apesar da recusa. Se o pedido de clemência não for aceito, Archer será o primeiro brasileiro submetido à pena de morte por um Estado estrangeiro.
Tráfico
Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte, que estão na Indonésia aguardando a execução da pena de morte por tráfico, são apenas dois dos 3.209 brasileiros presos no exterior. Cerca de 30% (963 deles) estão detidos por tráfico ou porte de drogas, conforme dados de 31 de dezembro de 2013 do Ministério das Relações Exteriores. A execução de Rodrigo Muxfeldt Gularte ainda não foi marcada.