O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, reafirmou nesta segunda-feira em Jerusalém o compromisso de seu país com a paz e para evitar que se reproduzam tragédias como o Holocausto, durante uma visita ao memorial Yad Vashem dedicado às vítimas.
"Visitei a casa de Anne Frank em Amsterdã em março do ano passado. Chego diante de vocês totalmente determinado: nunca mais o Holocausto", declarou em japonês e em hebraico após sua visita ao memorial de Yad Vashem, que costuma ser visitado por todos os convidados oficiais.
"Lembramos neste ano o 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e a libertação de Auschwitz. Comprometo-me a não voltar a permitir que tragédias como essa se reproduzam", declarou, palavras que também escreveu no livro de honra do memorial.
"O Japão está determinado a contribuir de forma ainda mais ativa para a paz e a estabilidade do mundo", disse Abe.
O primeiro-ministro, que viajava sob forte proteção, reavivou a chama eterna e depositou flores na sala da memória, uma imponente e sombria construção de cimento e basalto em cujo solo aparecem os nomes dos campos de extermínio nazistas.
O presidente se dirigiu posteriormente à árvore plantada em memória de Chiune Sempo Sugihara, único "justo entre as Nações" japonês, segundo o Yad Vashem, a instituição israelense criada para honrar as vítimas do Holocausto.
Este diplomata japonês de Kaunas, antiga capital da Lituânia, concedeu em 1940, contra a opinião de sua chancelaria, 3.500 vistos a judeus que tentavam fugir à Europa.
Abe realizou a primeira visita a Israel de um chefe de governo japonês em nove anos. Conclui com Israel e os Territórios Palestinos um giro regional que também o levou ao Egito e à Jordânia.