O inquérito sobre o acidente da Air Asia, que caiu na Indonésia no final de 2014 com 162 pessoas a bordo, concentra-se na possibilidade de erro humano ou danos no aparelho, após descartarem a tese de terrorismo, informou uma autoridade nesta terça-feira.
O ministro indonésio dos Transportes revelou que o avião voava em uma velocidade excessiva e parou antes de cair."Nos últimos minutos, o avião assumiu uma velocidade superior ao normal", explicou o ministro Ignasius Jonan, citando dados do radar do aparelho. "De repente, ultrapassou a velocidade limite que podia voar e parou", acrescentou. O Airbus A320-200 decolou em 28 de dezembro da cidade indonésia de Surabaya para Cingapura, e cruzou uma área com muitas nuvens antes de desaparecer dos radares. A aeronave caiu logo após no Mar de Java, e não houve sobreviventes.
"Nós não ouvimos qualquer outra pessoa (além dos pilotos), nenhuma explosão", indicou o investigador s Nurcahyo Utomo à jornalistas que evocaram um possível ato terrorista.
Os investigadores se concentra agora "na possibilidade de danos à aeronave e fatores humanos", acrescentou. Outro investigador, Ertata Lananggalih, observou que nenhum detalhe sobre o conteúdo dos registradores de voo seriam divulgados antes da publicação de um relatório preliminar sobre as causas do acidente, esperado para a próxima semana. A Agência Nacional de Meteorologia indicou em um relatório, divulgado no início deste mês, que o tempo poderia ter sido o "gatilho" do acidente. Entre as 162 pessoas a bordo estavam 155 indonésios, o co-piloto francês Rémi Plesel, um britânico, três sul-coreanos, um malaio e um cingapuriano.