O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que os detidos nesta terça-feira nas áreas de em Paris e Lyon não são suspeitos dos ataques realizados na capital francesa entre os dis 7 e 9 de janeiro.
A polícia tenta impedir novos episódios de violência e encontrar possíveis cúmplices dos radicais islâmicos que atacaram o jornal Charlie Hebdo e uma loja de produtos kosher no início do ano.
Três dos detidos nesta terça-feira viajaram para a Síria e retornaram ao país em dezembro de 2014, informou um funcionário do governo francês, embora não esteja claro se eles se uniram ao Estado Islâmico ou a outro grupo.
A rede que foi alvo da ação de hoje começou a enviar combatentes franceses para a Síria em 2013. Pelo menos uma dessas que viajou foi morta no país, informou a fonte. Outros integrantes da rede continuam na Síria.
O grupo não parece estar envolvido em qualquer plano de ataque ou estar ligado a quaisquer outras redes descobertas na França nos últimos meses, declarou o funcionário, que falou em condição de anonimato.
Centenas de radicais nascidos nas França têm se juntado a extremistas no exterior, a maioria ligada ao Estado Islâmico, grupo que controla grandes extensões de território no Iraque e na Síria.
Cazeneuve disse que as recentes atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico - dentre elas o assassinato de dois reféns japoneses - "apenas fortalece a determinação do governo de combater o terrorismo a cada dia, a cada hora".
As autoridades francesas são alvo de críticas pelo excesso de zelo no combate a ameaças potenciais desde os ataques. Dezenas de pessoas foram detidas por comentários vistos como declarações de defesa ao terrorismo e até mesmo um menino de oito anos foi interrogado pela polícia.
Na semana passada, a polícia francesa deteve cinco pessoas na cidade de Lunel, sul do país, também suspeitas de enviar combatentes para o Oriente Médio.
Segundo o Ministério do Interior, 161 processos legais foram abertos contra 547 pessoas suspeitas de planejar viagens ou por terem retornado da Síria e do Iraque. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press..