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Estado de Minas

Venezuela rejeita sanções americanas a funcionários por supostos crimes


postado em 03/02/2015 12:31

O governo da Venezuela expressou nesta terça-feira sua "rejeição categórica" às novas sanções dos Estados Unidos contra funcionários venezuelanos que Washington considera "incursos ou cúmplices de violações dos direitos humanos" ou "envolvidos em atos de corrupção".

"O governo rejeita de forma categórica o comunicado do Departamento de Estado no qual, por meio de mecanismos lesivos de direitos humanos, reincide na violação do Direito Internacional", afirma a nota da chancelaria venezuelana.

"A reiteração das medidas coercitivas unilaterais nos termos expostos infringe a vontade de todos os governo e povos da América Latina e do Caribe", afirma Caracas, que cita o respaldo da resolução da Celac da semana passada no mesmo tema.

Na segunda-feira, o Departamento de Estado americano anunciou que o governo aumentou a lista de funcionários venezuelanos impedidos de viajar aos Estados Unidos

Estas autoridades seriam acusadas de violações dos direitos humanos e de corrupção.

"Estamos enviando uma mensagem muito clara de que os violadores de direitos humanos e aqueles que se beneficiam da corrupção e suas famílias não são bem-vindos aos Estados Unidos", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki.

"Ao ignorar os repetidos apelos por mudança, por parte de governos, líderes respeitados e grupos de especialistas, o governo venezuelano continuou demonstrando uma falta de respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais", alegou Psaki, em um comunicado.

Segundo Washington, Caracas tentou "sufocar a dissidência", investindo contra manifestantes que protestam pela deterioração da situação política, econômica e de segurança.

A nota oficial aponta ainda que a corrupção está "contribuindo para a rápida piora das condições sociais e econômicas na Venezuela".

O Departamento de Estado destacou enfaticamente que as sanções "são específicas a pessoas individuais e não à nação venezuelana ou a seus cidadãos".

Na segunda-feira, o presidente Nicolás Maduro afirmou que o anúncio era uma "vulgaridade", com linguagem "ofensiva".

No comunicado desta terça-feira, a chancelaria venezuelana "lamenta a continuidade das agressões" dos Estados Unidos, "que atentam contra um diálogo de respeito que rege a atuação internacional do governo venezuelano".


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