Os pais de Kayla disseram ter recebido a confirmação de sua morte, mas não entraram em detalhes. O grupo Estado Islâmico afirmou que ela foi morta em um ataque aéreo jordaniano na Síria, mas autoridades norte-americanas e da Jordânia não acreditam na versão. Na última sexta-feira, sua família disse acreditar que ela poderia ainda estar viva e pediu ao sequestradores que respondessem a uma comunicação privada que enviaram.
De acordo com Bernardette Meehan, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, militantes do Estado Islâmico enviaram à família de Kayla uma mensagem privada no final de semana. A inteligência dos Estados Unidos confirmou a autenticidade da informação e concluiu que ela estava morta."Kayla era uma compassiva e devotada trabalhadora humanitária. Estamos muito orgulhosos da pessoa que ela era e do trabalho que ela fez enquanto esteve entre nós. Ela viveu com um propósito e nós iremos lutar todos os dias para honrar seu legado", informou a família.
Em comunicado, o presidente Barack Obama ofereceu condolências à família Mueller e prometeu levar os responsáveis por sua morte à justiça. "Kayla representa o que há de melhor sobre os Estados Unidos, ela expressou seu profundo orgulho pelas liberdades que nós americanos gozamos, e que tantos outros lutam para ter ao redor do mundo", disse.
Embora tenha afirmado que Kayla morreu em um ataque aéreo jordaniano, os extremistas não forneceram provas.
O Estado Islâmico também lançou um vídeo de um piloto jordaniano sendo queimado vivo. As imagens provocaram revolta entre os parceiros árabes da coalizão liderada pelos Estados Unidos e levou a Jordânia a iniciar ataques aéreos. Os Emirados Árabes Unidos também voltaram recentemente à campanha aérea após breve hiato.
Nesta terça-feira, os pais de Kayla divulgaram uma carta que ela escreveu enquanto estava em cativeiro. No texto, sem data, ela disse que estava "em um local seguro e ilesa". "Eu também estou lutando pelo meu lado da maneira que sou capaz, eu tenho muita força ainda dentro de mim. Eu não vou me entregar, eu não vou desistir, não importa quanto tempo leve", relatou.
Kayla, que se dedicava ao trabalho humanitário com refugiados sírios, foi sequestrada em agosto de 2013 quando saía de um hospital na Síria. A identidade da americana foi mantida em sigilo por muito tempo para sua segurança. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.