(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Filho de brasileira acusado de terrorismo é condenado a cinco anos de prisão na Bélgica

Brian De Mulder faz parte da organização islamita Sharia4Belgium, acusada de recrutar jovens para a luta armada e participar de atos terroristas do Estado Islâmico


postado em 11/02/2015 10:40 / atualizado em 11/02/2015 13:30

Brian de Mulder é o homem à direita, empunhando uma arma ao lado de outro membro do Sharia4Belgium(foto: Reprodução)
Brian de Mulder é o homem à direita, empunhando uma arma ao lado de outro membro do Sharia4Belgium (foto: Reprodução)

O chefe e outros quarenta membros da facção islamita belga Sharia4Belgium, entre eles um de origem brasileira, foram considerados culpados nesta quarta-feira de fazer parte de uma "organização terrorista" em um julgamento sob forte esquema de segurança, realizado um mês após os atentados de Paris. Brian De Mulder foi condenado a cinco anos de prisão.

Fuad Belkacem, de 32 anos, ideólogo e principal pregador da Sahria4Belgium, foi condenado pelo Tribunal Correcional de Antuérpia (norte) a 12 anos de prisão por ter liderado o grupo de inspiração salafista, considerado como o principal provedor de combatentes para a Síria da Bélgica.

"Belkacen é responsável pela radicalização dos jovens e de prepará-los para o combate armado em que não há valores democráticos", afirmou o juiz do caso. "Sahria4Belgium recrutava jovens para a luta armada e organizava a sua viagem para a Síria", acrescentou. A promotoria havia pedido uma sentença de 15 anos para o líder do grupo.

Sete outros detidos presentes no julgamento foram condenados a penas que variam de três a cinco anos, alguns com a suspensão condicional da condenação. Um deles é o jovem belga de origem brasileira, Brian De Mulder, que segue na Síria e que foi condenado a cinco anos de prisão.

Desde outubro, foram julgados 46 membros do Sahria4Belgium, um grupo dedicado à pregação, online ou nas ruas da Antuérpia, os benefícios de um Estado islâmico na Bélgica e a jihad armada internacional. De todos os detidos, apenas nove foram apresentados ao tribunal e um foi retirado por razões médicas. Os outros 37 ainda estão na Síria ou morreram nos combates.

Suspeita-se que alguns podem ter participado nas atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico (EI). Todos clamaram por absolvição, explicando que viajaram para a Síria com um propósito humanitário ou para lutar (legitimamente, de acordo com eles), contra o regime de Bashar Al-Assad.

O tribunal pronunciou as penas máximas para os réus ausentes: 15 anos para os quais considera líderes e cinco para os membros recrutados.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)