Manifestantes carregavam bandeiras do país e cartazes onde se lia "Justiça!" e "Verdade!".
"Se não temo Justiça, não temos liberdade", disse. "O governo perdeu o controle da situação."
O protesto foi organizado por promotores federais, indignados com a forma como o governo da Argentina lidou com a morte do colega que investigava um atentado terrorista ocorrido na década de 1990. Para a administração de Cristina Kirchner, o ato planejado é equivalente a um "golpe institucional".
A marcha, anunciada recentemente, vem num momento em que os argentinos continuam perplexos com as circunstâncias da morte de Nisman, principal investigador do atentado à bomba de 1994 contra um centro comunitário judaico em Buenos Aires, que deixou 85 mortos.
Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro, na véspera do dia em que apresentaria ao Congresso um relatório acusando Cristina e comparsas de armarem um complô com o Irã para sabotar a investigação sobre o atentado. O governo argentino nega as acusações e as classifica como "absurdas".
O relatório de uma autópsia concluiu que Nisman cometeu suicídio, mas uma pesquisa da Ipsos indica que 70% dos argentinos não acreditam que o promotor, que tinha 51 anos, tirou a própria vida.
O ministro do Planejamento do país, Julio De Vido, descreveu o protesto marcado para hoje como um "golpe institucional gerado por uma minoria do judiciário". Fonte: Dow Jones Newswires..