A rede social Twitter suspendeu nesta terça-feira uma conta atribuída ao grupo islâmico nigeriano Boko Haram, observou a AFP.
Criada em 1º de fevereiro e ativa desde o dia 8, a conta tinha cerca de 5.000 seguidores até o seu encerramento.
O grupo armado lançou em 17 de fevereiro um vídeo de seu líder, Abubakar Shekau, no qual este promete impedir a realização das eleições presidenciais e legislativas previstas para 28 de março na Nigéria.
Esta conta no Twitter simbolizava um ponto de viragem na comunicação do Boko Haram, marcando uma ruptura com os vídeos de baixa qualidade transmitidos à imprensa por meio de CD-Rom ou pendrive. Os filmes e fotografias passaram a ser de qualidade muito superior, carregadas com os códigos da organização jihadista Estado Islâmico (EI).
De acordo com observadores da conta atribuída ao Boko Haram, a maioria dos retuítes vieram de simpatizantes conhecidos do EI.
Desde 2009, a insurgência do Boko Haram e sua repressão pelas forças nigerianas mataram mais de 13 mil pessoas e deixaram 1,5 milhão de deslocados na Nigéria, principalmente no nordeste do país, onde o grupo extremista assumiu várias localidades.
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