A destruição faz parte de uma campanha dos extremistas do grupo, que já demoliram uma série de templos - dentre eles considerados sagrados para os muçulmanos - para eliminar o que veem como heresia.
Acredita-se também que eles tenham vendidos artefatos antigos no mercado negro para financiar sua campanha na região.
O vídeo foi postado em contas de redes sociais de grupos afiliados ao Estado Islâmico. Embora não seja possível verificar a autenticidade das imagens, elas parecem ser autênticas, tendo em vista o conhecimento a respeito das instalações do museu.
Mosul é a segunda maior cidade do Iraque. A província de Nínive, que fica nas proximidades, caiu nas mãos dos militantes durante uma ação em junho.
CALIFADO Durante seu rápido avanço, os extremistas capturaram grandes partes do território do Iraque e da Síria, declararam a criação de um califado nos locais sob seu controle e mataram integrantes de minorias religiosas, além de expulsar outras de suas casas. O grupo também escravizou mulheres e destruiu templos.
"Oh muçulmanos, esses artefatos que estão atrás de mim eram ídolos e deuses adorados por pessoas que viveram centenas de séculos atrás", diz um homem de barba para a câmera que está em frente ao touro alado, parcialmente destruído.
"Os chamados assírios e acadianos e outros grupos procuravam os deuses da guerra, da agricultura e da chuva, a quem ofereciam sacrifícios", diz o homem, referindo-se a grupos que deixaram suas marcas na Mesopotâmia há mais 5 mil anos nos territórios onde hoje ficam o Iraque, a Síria e o sul da Turquia.
"Nosso profeta nos ordenou remover todas essas estátuas, como seus seguidores fizeram quando conquistaram nações", acrescenta o homem do vídeo. As imagens trazem o logo do braço de mídia do Estado Islâmico e foram postadas numa conta do Twitter usada pelo grupo.
Um professor do Colégio de Arqueologia de Mosul confirmou à Associated Press que os dois locais mostrados são o museu da cidade e um local conhecido como Portal de Nergal, um dos sete portais para a capital do império assírio, Nínive.
"Estou totalmente chocado", disse Amir al-Jumaili à AP por telefone. "É uma catástrofe.