O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira, que não condenará o policial que matou um jovem negro em Ferguson (Missouri, EUA). O assassinato ocorreu em agosto de 2014 e provocou semanas de protestos e revoltas populares.
O agente policial Darren Wilson "não agiu com intenção criminosa e não pode ser comprovado, para além de existir uma dúvida razoável, que ele tenha infringido a lei de direitos civis", conforme concluiu-se no relatório divulgado pelo Departamento de Justiça (DoJ).
A investigação federal realizada, baseada no marco dos direitos civis, foi iniciada após a morte de Michael Brown, de 18 anos. Mesmo sem estar armado, ele foi alvejado por Wilson, que fazia patrulha na mesma área onde o jovem estava.
No informe, que examina tanto o momento em que foram efetuados os disparos como as práticas policiais em Ferguson, também são constatadas condutas racistas por parte da polícia local contra a comunidade negra que vive na cidade. "A polícia de Ferguson e a justiça local agem com discriminação de forma 'rotineira' contra a população negra", como se pode ler em trecho.
O secretário de Justiça, Eric Holder, planejava comentar sobre o tema ao detalhar a investigação.