Até o fim de 2014 pelo menos 46.000 contas do Twitter foram relacionadas a simpatizantes da organização Estado Islâmico (EI). Um estudo divulgado na quinta-feira pelo Brookings Institution, nos Estados Unidos, mostrou que embora muitas contas relacionadas ao grupo jihadista tenham sido suspensas, o número continua sendo alto.
"De setembro a dezembro de 2014, os autores estimaram que ao menos 46.000 contas do Twitter foram utilizadas por partidários do EI, embora nem todas estivessem ativas ao mesmo tempo", indicou o documento.
Os pesquisadores também descobriram que um grande número de simpatizantes do EI estão na Arábia Saudita, seguida por Síria, Iraque e Estados Unidos. Quase um em cada cinco dos partidários do grupo escrevem em inglês e três quartos em árabe. As contas têm em média 1.000 seguidores, mais que a maioria dos usuários do Twitter, e as que mandaram mensagens com mais frequência e que obtiveram mais seguidores foram suspensas, em sua grande maioria.
Os autores recomendaram que as empresas de redes sociais e o governo dos Estados Unidos "devem trabalhar juntos para dar uma resposta adequada aos extremistas".
O Twitter declarou nesta semana que está trabalhando com as autoridades para enfrentar ameaças cuja origem ainda não está especificada. Uma imagem publicada no site Pastebin mostrou o fundador do Twitter, Jack Dorsey, marcado por algo similar a uma mira telescópica junto a uma mensagem em árabe.
"Você começou uma guerra perdida, e dissemos desde o início que não é sua guerra! Mas você não entende. Suspende nossas contas e rapidamente voltamos, mas quando nossos leões solitários apagarem sua respiração não terá volta", dizia uma tradução da mensagem realizada pelo SITE Intelligence.