(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dois suspeitos de envolvimento na morte do opositor russo Nemtsov são detidos


postado em 07/03/2015 11:16 / atualizado em 07/03/2015 11:50

Apoiadores da oposição na Rússia carregam cartazes de Boris Nemtsov durante marcha feita em Moscou no começo de março (foto: AFP PHOTO / YURI KADOBNOV )
Apoiadores da oposição na Rússia carregam cartazes de Boris Nemtsov durante marcha feita em Moscou no começo de março (foto: AFP PHOTO / YURI KADOBNOV )
Duas pessoas foram detidas neste sábado na Rússia por possível envolvimento na morte do opositor Boris Nemtsov, assassinado em 27 de fevereiro perto do Kremlin, de acordo com o Serviço Federal de Segurança russo (FSB).


O assassinato de Boris Nemtsov, um dos principais opositores do presidente Vladimir Putin e conhecido por seu combate à corrupção, provocou comoção no país.


"Dois suspeitos foram detidos hoje em relação com este assassinato: Anzor Gubashev e Zaur Dadayev. O chefe de Estado já foi informado", declarou à televisão pública o diretor do FSB, Alexander Bortnikov.


Os dois homens são originários do Cáucaso, afirmou, indicando que a investigação continua.


Os investigadores não descartam nenhuma hipótese: de crime político à pista islamita, pelo apoio de Nemtsov à revista satírica francesa Charlie Hebdo, ou até mesmo um assassinato ligado ao conflito ucraniano executado por "elementos radicais".


Mas a oposição russa acusa o governo do presidente Vladimir Putin de estar por trás deste assassinato.


Putin chamou o assassinado de "provocação" para desestabilizar a Rússia e prometeu que os responsáveis serão julgados.


Depois de anunciar as prisões, o ex-número um do FSB, sucessor da KGB soviética, agora um advogado, Nikolai Kovalev, declarou à agência RIA Novosti que os primeiros relatos indicam que os dois homens não passam de assassinos contratados.


"A chave será encontrar quem ordenou este assassinato", disse ele.


O opositor Ilya Yashin comemorou as detenções, mas solicitou mais informações sobre a identidade dos detidos.


"Esperamos que a prisão (...) não seja um erro, mas o resultado de um bom trabalho das forças de segurança, mas no momento é difícil dizer", disse à Interfax.


"Francamente, a forma como a investigação tem sido conduzida não tem trazido otimismo, mas o fato de que houve detenções faz gerar algum otimismo", acrescentou.


O assassinato de Nemtsov, ex-vice-ministro do governo do presidente Boris Yeltsin (1991-1999) provocou uma onda de agitação na Rússia e recebeu condenação internacional.


Milhares de pessoas prestaram suas últimas homenagens na terça-feira, 3 de março, a Nemtsov, antes de seu enterro em um cemitério de Moscou. Participaram do funeral numerosos políticos e diplomatas estrangeiros, incluindo o ex-primeiro-ministro britânico John Major, e personalidades russas como Mikhail Kasyanov, ex-primeiro-ministro de Putin, e a viúva de Yeltsin.


O presidente Vladimir Putin não compareceu, mas enviou uma pessoa em seu nome, enquanto o primeiro-ministro Dimitri Medvedev enviou uma coroa de flores.


Nemtsov foi baleado pouco antes da meia-noite ao caminhar sobre uma ponte perto do Kremlin na companhia de sua namorada, a modelo ucraniana Ganna Duritska.


O crime ocorreu em uma área geralmente bem vigiada pelas forças de segurança, devido à sua proximidade com o Kremlin.


Parentes e amigos de Nemtsov revelaram que o opositor estava preparando um relatório sobre a presença de tropas russas no leste da Ucrânia, enquanto Moscou nega qualquer envolvimento de suas tropas ao lado dos separatistas.


O opositor havia confessado recentemente que temia ser morto na Rússia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)