Jornal Estado de Minas

EI afirma ter executado árabe-israelense acusado de espionagem

AFP

O grupo Estado Islâmico (EI) postou nesta terça-feira um vídeo que afirma mostrar a execução por um jovem de um árabe-israelense, acusado de espionar para o serviço secreto israelense.

No vídeo de mais de 10 minutos, é possível ver um homem se apresentar como Muhammad Said Ismail Musallam, vestido com um uniforme laranja, e mostrar seu passaporte israelense.

Em seguida, ele é morto com um tiro na cabeça por um jovem garoto.

Após a execução, um jihadista, falando em francês, ameaça atacar israelenses, após se referir ao recente ataque contra judeus na França, e de conquistar Jerusalém.

O vídeo continua com uma lista de nomes acompanhados por fotos de homens apresentados como espiões de Israel.

Em fevereiro, o pai de Muhammad Said Ismail Musallam havia negado que seu filho trabalhava para o Mossad, após a publicação na Dabiq, a revista em inglês do EI, de um artigo apresentado como a entrevista de um jovem de 19 anos enviado à Síria pela agência de inteligência israelense.

"Meu filho é inocente. O ISIS (um dos nomes dados ao Estado Islâmico) o acusa porque ele tentou fugir", declarou à AFP, sem contestar o fato de o seu filho ter interrompido seu serviço civil israelense para partir e se juntar aos jihadistas na Síria.

Um porta-voz do Shin Beth, o serviço de segurança israelense, afirmou na ocasião que o jovem havia partido em 24 de outubro para a Turquia, e depois para a Síria, e que, segundo as informações israelenses, ele teria se juntado ao EI.

"Mas por sua própria iniciativa e sem o conhecimento de seus pais", segundo o porta-voz.

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