A Venezuela sofre uma sistemática violação dos direitos humanos, denunciou nesta quinta-feira Mitzy Capriles, esposa do prefeito opositor de Caracas, Antonio Ledezma, preso desde fevereiro por ordem do presidente Nicolás Maduro.
"O fato de ser dissidente ou opositor em nosso país significa ir para a cadeia", afirmou Capriles em uma reunião com políticos em Madri, onde recebeu o apoio de partidos de direita e de esquerda ao denunciar a prisão arbitrária de seu marido em 19 de fevereiro, acusado de conspiração contra o governo.
Com Ledezma e Leopoldo López, já estão presos dois dos principais líderes opositores radicais de Maduro, que denunciou em dois anos de governo mais de uma dúzia de planos de assassinato contra ele e golpes de Estado.
Capriles assegurou que a mesma coisa está acontecendo com outros políticos na Venezuela.
"Há uma sistemática violação dos direitos humanos contra o venezuelano cujo maior pecado é ser da oposição ao governo", enfatizou.
A esposa de Ledezma chegou a Madri procedente de Estrasburgo, França, onde, na véspera, se reuniu com diferntes grupos políticos do Parlamento Europeu.
A Eurocâmara expressou novamente nesta quinta-feira sua "profunda preocupação" com a situação política na Venezuela e pediu ao governo de Nicolás Maduro que liberte os opositores detidos e todos os manifestantes pacíficos.
O texto condena a repressão e a violação das liberdades, o que Caracas considera uma "interferência".
A resolução foi aprovada por 384 votos a favor e 75 contrários no plenário de Estrasburgo (leste da França).
Esta é a nona resolução sobre a Venezuela votada na Eurocâmara desde 2007.
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