"Israel não espiona os Estados Unidos, ponto final, ponto de exclamação", declarou Yuval Steinitz, ministro de Inteligência israelense à Rádio Israel nesta terça-feira.
Steinitz referiu-se a uma matéria publicada pelo Wall Street Journal, que cita atuais e ex-funcionários norte-americanos, segundo os quais agências de inteligência israelenses espionaram as negociações a portas fechadas entre as principais potências mundiais e o Irã, como parte de uma ampla campanha de informação contra o acordo, ao qual Netanyahu se opõe veementemente.
As fontes norte-americanas disseram ter ficado sabendo que Israel espionava as negociações porque agências dos Estados Unidos espionavam Israel e interceptaram comunicações nas quais funcionários israelenses fizeram referências a informações que, segundo os norte-americanos, só poderiam ter sido obtidas de envolvidos nas negociações.
Funcionários e ex-funcionários norte-americanos e israelenses disseram que Israel é capaz de obter detalhes sobre as negociações envolvendo Estados Unidos e países europeus espionando autoridades iranianas e de outros países com quem os negociadores de Washington se comunicaram durante as negociações, que já duram mais de um ano.
De acordo com essas fontes, Israel compartilhou informações reunidas a partir de conversas ocorridas durante informes no Congresso, num esforços de formar sua posição a respeito do acordo nuclear. Autoridades dos EUA disseram que os israelenses deturparam aspectos das negociações durante esses informes.
A negação de Israel não se estende aos informes no Congresso.
O ex-ministro de Relações Exteriores Avigdor Lieberman repudiou a matéria do WSJ, mas reconheceu à Rádio Israel que pode obter informações de inteligência sobre as negociações com fontes no Irã, sem espionar os Estados Unidos.
Agências de inteligência norte-americanas ajudaram os israelenses a construir os sistemas que usam para coletar comunicações iranianas. Fonte: Dow Jones Newswires..