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Estado de Minas

Copiloto da Germanwings era um alemão de 28 anos sem histórico terrorista


postado em 26/03/2015 11:31

O copiloto do Airbus A320 da companhia alemã Germanwings que supostamente por vontade própria jogou o avião nos Alpes franceses, matando 150 pessoas, era um alemão de 28 anos que morava com os pais e não possuía motivações terroristas conhecidas.

Andreas Lubitz começou a trabalhar na Germanwings em setembro de 2013, logo depois do fim de sua formação no centro de pilotagem do grupo Lutfhansa em Bremen, norte da Aemanha.

Ele tinha 630 horas de voo.

Lubitz era oriundo da localidade de Montabaur, no estado regional da Renânia-Palatinado (oeste), e morava com os pais na mesma cidade, mas também tinha um apartamento em Dusseldorf (oeste), base de operações da Germanwings e destino do voo que partiu de Barcelona na terça-feira, segundo declarações de Gabriele Wieland, prefeita da pequena cidade, à agência de notícias alemã DPA.

"É de nacionalidade alemã e não tem histórico terrorista", afirmou Brice Robin, o promotor público francês encarregado da investigação da tragédia aérea.

"A gendarmeria francesa está em estreita colaboração com as autoridades judiciais e policiais alemãs na investigação sobre o copiloto", acrescentou.

A ausência aparente de motivação terrorista foi confirmada pelo governo alemão.

"No que diz respeito ao piloto, até este momento, depois de verificar as informações em nosso poder sobre esta pessoa, não há qualquer contexto terrorista", declarou o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière.

Maizière disse ainda que no dia da tragédia, terça-feira, investigações foram realizadas nos sistemas de inteligência e nas redes de informação da polícia e nada permite concluir que o desastre que matou 150 pessoas tenha ocorrido num contexto terrorista.

Andreas Lubitz era membro de um clube particular de aviadores, o LSC Westerwald, e corredor de rua amador.

O outro piloto do A32O, o comandante, não foi oficialmente identificado. Ele trabalhou para as companhias alemãs Condor e Lufthansa antes de ser contratado pela Germanwings em maio de 2014.

Com mais de 10 anos de experiência de voo no grupo Lufthansa e mais de 6.000 horas de voo, passou a maior parte de sua carreira em aparelhos do tipo Airbus.

Segundo o jornal alemão Bild, ele se chamaria Patrick S. e seria pai de dois filhos.

A Lufthansa informou à AFP antes da coletiva de imprensa do promotor francês que não iria revelar a identidade dos dois pilotos para proteger a tripulação e seus parentes.


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