A Lufthansa declarou nesta terça-feira que o copiloto do Airbus da Germanwings que caiu nos Alpes informou à companhia aérea que, em 2009, teve um episódio severo de depressão.
A companhia entregou documentos à procuradoria, incluindo e-mails de Andreas Lubitz a seus instrutores de voo.
Contudo, ele teria obtido um atestado médico de aptidão para pilotar, segundo a companhia, matriz da Germanwings.
A empresa afirma ter enviado "no interesse da elucidação rápida e sem falhas" das circunstâncias da tragédia essas informações, obtidas "após uma investigação interna."
Desta forma, a Lufthansa forneceu à procuradoria todos documentos referentes ao treinamento de Lubitz, seus "registros médicos" e "correspondência entre o copiloto e a escola de pilotagem".
É nesta correspondência que o jovem forneceu em 2009 documentos médicos comprovativos de que era capaz de retomar a sua formação, apesar de já ter sofrido um "episódio depressivo grave."
O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, que deve visitar na quarta-feira o local da tragédia, havia dito na semana passada não ter "nenhuma pista" sobre os motivos do copiloto, que teria deliberadamente lançado a aeronave contra os Alpes franceses, matando todas as 150 pessoas a bordo.
Spohr também ressaltou que o copiloto havia interrompido a sua formação por "vários meses" há seis anos por uma razão que o CEO não revelou.
Andreas Lubitz passou por todas as provas de aptidão necessárias e concluiu com êxito a sua formação. Ele era "100% capaz de conduzir" um avião, havia assegurado Spohr.
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