Os presidentes de Estados Unidos e Cuba, Barack Obama e Raul Castro, chegaram nesta quinta-feira ao Panamá para a Cúpula das Américas, que reunirá 35 chefes de Estado e será marcada pela histórica aproximação entre Washington e Havana.
Durante a Cúpula, prevista para sexta-feira e sábado, Obama e Raul Castro terão um histórico encontro, após mais de 50 anos de rompimento diplomático entre Estados Unidos e Cuba.
O departamento americano de Estado informou que o secretário John Kerry se reunirá com o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, ainda na noite desta quinta-feira, no Panamá, no encontro de mais alto nível entre os dois países em meio século.
Em dezembro passado, Washington e Havana anunciaram os primeiros passos para restabelecer as relações diplomáticas bilaterais.
Nesta quinta-feira, o departamento de Estado recomendou a retirada de Cuba da lista de países que supostamente financiam o terrorismo, um dos passos necessários para a normalização diplomática entre os dois países.
"A recomendação do Departamento de Estado de remover Cuba da lista de Estados que patrocinam o terrorismo, resultado de meses de uma revisão técnica, é um importante avanço em nossos esforços para construir uma relação mais frutífera", afirmou o senador Ben Cardin, membro do comitê de Relações Exteriores da Câmara.
Ao anunciar, em 17 de dezembro passado, o início da aproximação com Havana, Obama tinha pedido ao departamento de Estado que revisasse a presença de Cuba na lista, segundo a legislação vigente.
Cuba integra a lista, que inclui ainda Irã, Síria e Sudão, desde 1982.
Estados Unidos e Cuba iniciaram uma agenda de aproximação, mas Havana deixou claro que considera prioritário que o país seja retirado da lista para que avancem as negociações sobre o restabelecimento das relações diplomáticas e a reabertura de embaixadas.