(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Filhos de Che criticam presença de 'assassino do pai' na Cúpula das Américas

Em nota, os quatro filhos de Guevara disseram que quem convidou Félix Rodríguez Mendigutía se esqueceu do passado e do presente do homem que se vangloria por ter capturado o guerrilheiro


postado em 10/04/2015 15:46 / atualizado em 10/04/2015 16:02

Rodríguez Mendigutía, de 73 anos, é um ex-exilado cubano residente nos Estados Unidos, que fez parte da Agência Central de Inteligência (CIA) e das Forças Armadas dos Estados Unidos(foto: Diego URDANETA)
Rodríguez Mendigutía, de 73 anos, é um ex-exilado cubano residente nos Estados Unidos, que fez parte da Agência Central de Inteligência (CIA) e das Forças Armadas dos Estados Unidos (foto: Diego URDANETA)

Os filhos do guerrilheiro Ernesto Che Guevara criticaram nesta sexta-feira a presença no Panamá, por ocasião da Cúpula das Américas, do ex-agente cubano da CIA, Félix Rodríguez Mendigutía, que participou da captura e morte de seu pai na Bolívia, em 1967.


"A presença de Félix Rodríguez tenta boicotar a Cúpula do Panamá", assinalaram os quatro filhos do guerrilheiro argentino-cubano em comunicado publicado em Havana. "Alguém pode esquecer o passado e o presente de quem não deixa de se vangloriar por ter prestado seus serviços para prender e depois assassinar o Che na Bolívia? Por acaso quem o convidou e organizou o mencionado simpósio não sabia que (...) ele foi e é um servil escravo dos poderes ianques?", questionaram na nota publicada no portal Cubadebate, que difunde de maneira oficiosa notícias e opiniões do governo cubano.


A nota está assinada pelos "Filhos de Che", Aleida, Celia, Camilo e Ernesto Guevara March, fruto da união do guerrilheiro com a cubana Aleida March. Rodríguez Mendigutía, de 73 anos, é um ex-exilado cubano residente nos Estados Unidos, que fez parte da Agência Central de Inteligência (CIA) e das Forças Armadas dos Estados Unidos, e participou na captura e execução sumária de Guevara na Bolívia, em outubro de 1967.


Ele escreveu, no final dos anos 80, o livro autobiográfico "Guerreiro nas sombras", no qual relata as operações da CIA na América Latina e as horas finais do Che. Rodríguez reconheceu publicamente ter ordenado aos militares bolivianos que matassem Guevara e apareceu junto a ele em uma foto depois de ser capturado.


A delegação oficial da sociedade civil cubana que viajou ao Panamá para os fóruns paralelos à Cúpula denunciou a presença de Rodríguez e outros anticastristas e dissidentes, aos quais acusou de serem "mercenários" de Washington.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)