O presidente americano, Barack Obama, reuniu-se nesta sexta-feira com dissidentes cubanos e com empresários do continente americano no Panamá, antes de um encontro histórico com o líder do regime comunista, Raúl Castro, por ocasião da VII Cúpula das Américas.
Durante o Fórum da Sociedade Civil, evento realizado à margem da Cúpula, Obama celebrou uma reunião a portas fechadas com proeminentes críticos do regime de Raúl Castro, assim como uma dezena de outros dissidentes das Américas, o que despertou a ira de Havana.
Acompanhado dos colegas de Costa Rica e do Uruguai, o presidente americano reuniu-se com a advogada Laritza Diversent e o ativista político Manuel Cuesta Moura.
Antes do encontro a portas fechadas, Obama disse a ativistas dos direitos humanos de toda a região que os Estados Unidos ficarão "do seu lado a cada passo do caminho".
"Quando falamos em nome de alguém que foi preso só porque disse suas verdades ao poder, quando ajudamos uma organização que está tentando fortalecer uma minoria para que tenha acesso a mais recursos, não o fazemos para que sirvam aos nossos interesses", afirmou o presidente americano.
"Nós o fazemos porque acreditamos que é o certo", acrescentou.
Em discurso a empresários da região, Obama criticou os líderes latino-americanos que ainda não deixaram para trás os dogmas econômicos que definiram a era da Guerra Fria.
Ao falar para executivos da indústria de todo o continente americano, Obama pressionou por soluções pragmáticas à dialética de longa data sobre o papel do Estado no desenvolvimento econômico impulsionado pelas empresas.
"Costumava-se dizer que ou bem havia um modelo econômico estatista (...) ou bem um mercado completamente livre", disse.
"Em virtude da sabedoria e de algumas coisas que não funcionaram e outras que sim, acredito que todos nesta região têm soluções muito pragmáticas ou uma orientação pragmática".
Embora boa parte da América Latina já tenha abandonado as políticas econômicas populistas ou comunistas, os Estados Unidos ainda mantêm conflitos com países como Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela devido a inclinações ideológicas de seus governos.
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