As equipes de resgate tentavam neste domingo encontrar sobreviventes do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o Nepal e alguns países vizinhos e que deixou até agora mais de 2.000 mortos, uma tarefa complicada pelos fortes tremores secundários e pelo difícil acesso às zonas afetadas.
O porta-voz da polícia nacional, Kamal Singh Ban, disse que no Nepal 1.953 pessoas morreram, enquanto na Índia as autoridades estimam em 53 o total de mortos. A televisão estatal chinesa afirmou, por sua vez, que 17 pessoas faleceram na região do Tibete.
Neste domingo um tremor secundário de magnitude 6,7 atingiu o país com epicentro a nordeste da capital, Katmandu, e a uma profundidade de 10 quilômetros.
Esta réplica do terremoto de sábado também foi sentida no Everest, onde provocou novas avalanches.
"Mobilizamos todos os nossos recursos para a busca e o resgate" no país, disse à AFP o porta-voz da polícia nacional, Kamal Singh Bam. "Enviamos helicópteros às áreas remotas. Estamos buscando entre os escombros dos edifícios que desabaram para ver se conseguimos encontrar alguém".
O terremoto de sábado foi o pior a atingir o Nepal em 80 anos e o número de mortos pode ser ainda maior, já que as organizações humanitárias têm dificuldades para avaliar a magnitude da catástrofe e das necessidades, indicou no sábado à AFP um funcionário da ONG Médicos do Mundo.
No Everest, onde o terremoto provocou uma avalanche no sábado que deixou ao menos 17 mortos, seis helicópteros começavam a chegar ao campo base, situado a 5.000 metros de altura, para retirar os feridos.
O porta-voz do Departamento de turismo, Tulsi Gautam, informou que há 61 feridos.
"Não sabemos suas nacionalidades, mas a maioria deles seriam estrangeiros", informou à AFP Ang Tshering Sherpa, presidente da associação nepalesa de montanhismo, acrescentando que no momento do terremoto cerca de 800 pessoas estavam no campo.