A emissora local TV One e o site de notícias The Jakarta Post confirmaram no início da tarde desta terça-feira, que o brasileiro Rodrigo Gularte e outros sete condenados por tráfico de drogas na Indonésia foram executados. “Nós cumprimos as execuções”, confirmou um oficial da Procuradoria Geral da República, em condição de anonimato. Todos eles foram fuzilados por um pelotão na Ilha de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 km de Jacarta.
Os condenados eram o indonésio Zainal Abidin, os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, os nigerianos Sylvester Obiekwe Nwolise, Raheen Agbaje Salami e Okwudili Oyatanze, o ganês Martin Anderson e o brasileiro Rodrigo Gularte. Uma mulher filipina, também condenada à pena de morte, foi poupada após uma pessoa que a recrutou para transportar drogas ter se entregado às autoridades.
O porta-voz do governo, Tony Spontana disse que as execuções foram realizadas depois dos pedidos finais dos oito condenados, inclusas as orações que foram ditas para cada um de acordo com a sua respectiva religião. Segundo o encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvallho Monteiro, antes do fuzilamento, o brasileiro recebeu a visita de um padre que também era seu guia espiritual. O brasileiro negou os três pedidos concedidos a ele.
Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi detido em 2004 ao tentar entrar no aeroporto de Jacarta com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surf. Ele foi condenado à morte em 2005. A família do brasileiro, proveniente do Paraná, apresentou às autoridades indonésias vários documentos médicos comprovando que ele sofre de esquizofrenia e pedindo a suspensão da execução por motivos humanitários.
Gularte é o segundo brasileiro executado no país este ano – em janeiro, Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, também foi fuzilado cumprindo pena por tráfico de drogas.