O ex-inspetor da polícia portuguesa, encarregado da investigação para esclarecer o desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, foi condenado a pagar 500.000 euros (548.000 dólares) aos pais da menina por difamação, segundo sentença proferida nesta terça-feira.
Gonçalo Amaral "foi condenado a pagar a cada um" dos pais "uma indenização compensatória de 250.000 euros", avaliou uma corte civil de Lisboa na segunda-feira.
Kate e Gerry McCann processaram o então encarregado do caso por ter publicado, em 2008, um livro intitulado "Maddie, a investigação proibida", na qual acusou o casal de ter ocultado o cadáver da filha, após a morte acidental da menor.
O tribunal condenou Amaral e seus editores a retirar os exemplares em circulação e proibiram qualquer reedição do livro, bem como a difusão de um documentário baseado nesta tese.
A família pedia uma indenização de 1,2 milhão de euros por danos e dizia, ainda, que a publicação deste livro teria prejudicado a investigação.
Maddie desapareceu em 3 de maio de 2007 no quarto de um hotel no balneário da Praia da Luz, no sudeste de Portugal, onde a família passava férias.
Após 14 meses de investigação, marcadas especialmente pelas acusações feitas contra os pais e a destituição de Amaral, a polícia portuguesa encerrou o caso em 2008, embora o tenha reaberto cinco anos depois.
O casal continua afirmando que a filha foi sequestrada e que poderia ainda estar com vida.