O emblemático estado mexicano de Jalisco acordo neste sábado assustado com a inédita ofensiva de sexta-feira de um cartel do narcotráfico, que atacou um helicóptero militar, ação que matou três soldados e deixou três desaparecidos.
No total, sete pessoas morreram, incluindo os três soldados e um agente da Promotoria estadual, e 19 ficaram feridas durante a sexta-feira. Quatro confrontos foram registrados entre os criminosos e as forças de segurança.
Ao mesmo tempo, homens armados espalharam o terror em 25 municípios de Jalisco, incluindo a capital, Guadalajara, a segunda maior cidade do país, com o bloqueio de ruas e estradas, com vários automóveis incendiados e lojas atacadas.
O governo afirma que a violência foi uma reação dos narcotraficantes ao início da "Operação Jalisco", na qual militares e policiais tentam desarticular o cartel 'Jalisco Nueva Generación', responsável por vários ataques contra as autoridades.
A polícia anunciou a detenção de 19 pessoas na sexta-feira.
Os confrontos começaram com uma perseguição de um helicóptero militar Cougar a veículos com homens armados na estrada que une as localidades de Casimiro Castillo e Villa Purificación.
Os criminosos abriram fogo e atingiram parte da aeronave.
O helicóptero foi obrigado a fazer um pouso de emergência. Dos 18 tripulantes, três militares morreram, 10 soldados e dois policiais federais ficaram feridos e três militares estão desaparecidos, informou a Comissão Nacional de Segurança.
Os ataques representaram uma demonstração de força do cartel em Jalisco, região com 7,3 milhões de habitantes.
O cartel 'Jalisco Nueva Generación' é um dos mais novos do México. Foi fundado em 2010 e ganhou força enquanto o governo combatia os rivais, como 'Los Caballeros Templarios' ou 'Los Zetas'.
Em outro ato de violência no país, um candidato do governista Partido Revolucionário Institucional (PRI) a uma prefeitura do violento estado de Guerrero (sul) foi assassinado a tiros após um ato de campanha.
O Congressos de Guerrero, estado onde 43 estudantes desapareceram em setembro de 2014, condenou o homicídio do candidato a prefeito do município de Chilapa, Ulises Fabián Quiroz, e exigiu uma investigação e a detenção dos assassinos.
Em 25 de abril, o candidato a governador de Guerrero pelo partido Movimento Cidadão, Luis Walton, também foi morto quando seguia de Chilapa ao município de Zapotitlán por um grupo criminoso.