O copiloto da Germanwings que provocou a queda de um avião nos Alpes franceses em março havia executado um teste da mesma manobra de descida, mas sem consequências, no voo de ida, afirmam as autoridades francesas em um comunicado.
Segundo o relatório, no dia da tragédia, o copiloto, "de maneira intencional, modificou as instruções do piloto automático para fazer a aeronave descer até o impacto com o terreno". O documento do BEA também diz que ele "não abriu a porta da cabine de comando durante a descida, apesar das solicitações de acesso realizada por meio do teclado digital, do interfone da cabine e das comunicações de rádio".
O diretor do BEA, Rémi Jouty, afirmou que no voo de ida entre Dusseldorf e Barcelona, o copiloto havia realizado a mesma manobra, que depois repetiu no voo da tragédia. O relatório indica que "no voo anterior ao do acidente, e durante a descida, foram registradas várias seleções de altitude até 100 pés enquanto o copiloto estava sozinho na cabine".
As manipulações, além do que é necessário, foram realizadas depois que os controladores aéreos haviam autorizado o pouso e não tiveram nenhum efeito sensível, afirmou Jouty.