A empresa francesa Areva, especializada no setor nuclear, que atravessa problemas financeiros, anunciou nesta quinta-feira que vai reduzir entre 5.000 e 6.000 empregos no mundo, mais da metade deles na França.
O número exato dependerá das negociações com os sindicatos, disse o grupo, que pretende reduzir a parcela de gastos com funcionários em "15% na França e 18% em nível mundial" mediante redução de emprego, assim como com medidas de mobilidade interna, moderação salarial ou reorganização do tempo de trabalho.
A parcela de gastos com funcionários nesta empresa é de 3,5 a 4 bilhões de euros, quase a metade dos 8 bilhões do volume de negócios do grupo, que enfrenta o estancamento do mercado nuclear, ressaltou o diretor de recursos humanos François Nogué à imprensa.
A empresa, que tem 87% de seu capital nas mãos do Estado francês, emprega atualmente 45.000 pessoas no mundo, 30.000 delas na França.
Este corte de empregos permitirá garantir dois terços do plano de economia de 1 bilhão de euros para 2018 anunciado em março, e o terço restante será proveniente da restrição de compras, disse o grupo.
O diretor-geral da Areva, Philippe Knoche, reiterou que a empresa espera que a supressão de empregos aconteça com base nas saídas voluntárias.
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