A ONG Human Rights Watch (HRW) solicitou nesta quinta-feira ao exército da Indonésia que interrompa a prática dos testes de virgindade com as mulheres que desejam integrar as Forças Armadas, denunciando uma prática "cruel, desumana e degradante".
A organização, que entrevistou várias militares, afirma que o exército realiza o chamado "teste dos dois dedos" para comprovar a virgindade das mulheres que desejam entrar para a vida militar ou casar com um militar.
"O exército deveria acabar de forma imediata com os testes de virgindade, contrários à proibição de tratamentos cruéis, desumanos e degradantes prevista no direito internacional", afirma a ONG em um comunicado.
As Forças Armadas defendem a prática como uma forma de evitar que algumas mulheres "prejudiquem" o exército com seu comportamento, mas negou que o teste seja realizado com futuras mulheres de militares.
A HRW denunciou no ano passado práticas similares da polícia indonésia, que negou as acusações.
"Não quero recordar as experiências ruins. Foi humilhante", afirmou uma jovem de 19 anos, citada no relatório da ONG.