A notícia é divulgada dois anos após os vazamentos de Snowden levarem companhias de tecnologia a pedir que Washington reveja suas práticas de vigilância, enquanto também provocaram críticas de aliados dos EUA, como a Alemanha.
Porta-vozes do Google e da Samsung recusaram-se a comentar o assunto.
Uma porta-voz do Alibaba disse que a empresa não havia visto o documento, mas não tinha evidências de que qualquer informação de seus usuários tenha sido subtraída. Para lidar com esses temores, a empresa pediu que seus usuários façam uma atualização do software para sua última versão, segundo o Alibaba. "Nós nos opomos fortemente a qualquer um que queira buscar os dados ou informações pessoais de nossos usuários", afirmou a porta-voz.
O documento foi divulgado na quinta-feira pelo Intercept - um site que tem realizado vazamentos de Snowden, um ex-funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) - e pela canadense CBC News.
O documento, uma apresentação de slides descrevendo trabalhos feitos entre 2011 e 2012, mostrava que as agências de inteligência, entre elas a NSA e suas equivalentes no Canadá, no Reino Unido, na Austrália e na Nova Zelândia, descobriram que poderiam acessar as conexões entre os servidores de aplicativos em outros países e seus consumidores.
Em relação ao UC Browser, as agências também descobriram que o aplicativo estaria vazando informações como o código que poderia identificar usuários de redes de celular e números de telefone celular, entre outros detalhes, segundo o documento.
Os governos e as embaixadas dos EUA, da Austrália, da Nova Zelândia e do Canadá não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. A embaixada do Reino Unido em Pequim disse que o governo não comenta sobre questões de inteligência. Fonte: Dow Jones Newswires..