O banco britânico Lloyds foi condenado a pagar uma multa de 117 milhões de libras (159 milhões de euros) pela agência de regulação financeira do país em consequência da gestão das denúncias vinculadas a um escândalo de seguros de crédito na década de 2000.
A 'Financial Conduct Authority' (FCA) anunciou a multa, equivalente a 179 milhões de dólares, ao Lloyds Banking Group (LBG) por ter rejeitado de maneira indevida as denúncias de vários clientes. O banco já recebeu uma multa de 12 bilhões de libras para indenizar os consumidores afetados pelo caso.
O escândalo dos "Seguros de Proteção de Pagamento" ou "PPI", pela sigla em inglês, começou na década de 1990, quando os bancos britânicos iniciaram a venda de forma maciça de seguros destinados a ajudar os consumidores incapazaes de realizar o pagamento de um empréstimo, imobiliário ou de outro tipo, ou de enfrentar as parcelas vinculadas ao cartão de crédito.
O caso explodiu nos anos 2000, quando as autoridades descobriram que os PPI incluíam cláusulas ocultas que faziam com que o cliente não se beneficiasse do seguro no momento de necessidade. Também foram vendidos seguros sem o consentimento de várias pessoas e alguns clientes pagavam a quantia sem ter conhecimento.
Uma decisão judicial de 2011 que estabeleceu jurisprudência fez com que os vendedores dos PPI fossem obrigados a pagar indenizações aos consumidores afetados e as denúncias começaram a aumentar.
O Lloyds foi multado pela maneira como administrou algumas denúncias dos clientes entre março de 2012 e maio de 2013, explicou a FCA.
Durante este período, o grupo britânico examinou denúncias relativas a 2,3 milhões de contratos de PPI e rejeitou 37%, segundo a agência.