Jornal Estado de Minas

Polícia do Egito evita violento atentado na cidade turística de Luxor

AFP

Um atentado suicida que poderia ter provocado um grande número de vítimas foi evitado nesta quarta-feira pela polícia no famoso templo de Karnak, na cidade turística de Luxor, sul do Egito.

Vários atentados foram registrados no Egito desde que o exército destituiu e prendeu o presidente islamita Mohamed Mursi em 2013, o que deu início a uma campanha de repressão contra os partidários de Mursi, sob as ordens do novo presidente Abdel Fattah al-Sisi.

Mas até o momento os alvos dos ataques eram exclusivamente as forças de segurança, com exceção de um atentado suicida que matou três turistas sul-coreanos e o motorista de um ônibus em fevereiro de 2014 no posto de fronteira de Taba, no Sinai, quando seguiam para Israel depois de passar pelo Egito.

O ataque desta quarta-feira, que ainda não foi reivindicado, parece indicar que os jihadistas mudaram de estratégia, visando agora estrangeiros, num momento em que o novo regime tenta atrair turistas e investidores internacionais que desertaram do Egito.

Pelo menos três homens entraram durante a manhã no estacionamento diante do templo de Karnak e um deles detonou os explosivos presos ao corpo, mas não havia ninguém por perto, segundo fontes policiais.

"Um policial à paisana suspeitou do grupo e os forçou parar", explicou o ministério do Turismo em um comunicado. Os agentes fizeram com que abrissem o porta-malas do veículo e encontraram dois sacos grandes.

Quando os agentes ordenaram que os sacos fossem abertos, um dos homens correu acionando seus explosivos. Os dois outros sacaram dos sacos dois fuzis e abriram fogo, segundo relatou um general da polícia de Luxor.

As forças de segurança abriram fogo contra os outros dois homens e mataram um deles. O outro ficou gravemente ferido.

"As forças de segurança de Luxor evitaram um atentado terrorista. Dois terroristas morreram e o terceiro ficou ferido", afirma o ministério do Interior em um comunicado.

No momento to ataque, 604 visitantes estavam em Karnak, de acordo com a polícia.

A polícia, muito presente nos locais turísticos do Egito desde uma onda de atentados nos anos 1990, manteve os turistas no templo, que fica a 500 metros do local da explosão. Nenhum deles ficou ferido, segundo o ministério de Antiguidades.

Dois policiais e dois civis egípcios ficaram levemente feridos, segundo as autoridades.